Desequilíbrio Ecológico

O desequilíbrio ecológico é uma alteração no funcionamento de um ecossistema provocado por ação humana ou natural.


Desflorestamento: uma das principais causas de desequilíbrio ecológico
Desflorestamento: uma das principais causas de desequilíbrio ecológico

 

O que é o Desequilíbrio Ecológico?

 

A natureza demorou milhões de anos para equilibrar os ecossistemas. Porém, uma pequena mudança pode provocar o desequilíbrio ecológico. 

 

O desequilíbrio ecológico ocorre quando algum elemento (animal ou vegetal) de um ecossistema é reduzido em quantidade, adicionado ou subtraído. Esta mudança pode originar reações em cadeia e repercutir diretamente no funcionamento do ecossistema.


Causas principais:

 

A ação do homem é a principal causa de desequilíbrio ecológico na atualidade. Entre estas ações, podemos citar o desmatamento, a caça e a pesca sem controle e a urbanização em áreas de matas e florestas.

 

Porém, também podem ocorrer processos naturais que resultem em desequilíbrio ecológico. Uma erupção vulcânica, por exemplo, pode matar algumas espécies animais ou vegetais numa região, interferindo no funcionamento natural de um ecossistema. Mas, essas situações são mais raras de acontecer.



Exemplos e consequências

 

1º Exemplo

 

Homens começam a caçar cobras numa determinada área ecologicamente equilibrada. Com a diminuição no número de cobras aumenta consideravelmente o número de sapos (alimento destas cobras). Com isso, a quantidade de insetos começa a reduzir significativamente, podendo faltar para outras espécies que também se alimentam de insetos. Isso pode até provocar a extinção de certas espécies, caso elas sejam encontradas apenas naquela área. Com a diminuição das cobras, pode também aumentar o número de roedores (ratos, por exemplo) que podem invadir áreas residenciais próximas em busca de alimentos.

 

Vários ratos num jardim

Exemplo de desequilíbrio ecológico: a caça de cobras numa determinada região pode gerar o crescimento do número de ratos.

 

 

2º Exemplo

 

O sapo-cururu (Rhinella marina) é nativo da América Central e do Sul, mas na década de 1930 foi introduzido na Austrália em uma tentativa de controlar o besouro-da-cana nativo e o besouro francês, que danificavam as plantações de cana-de-açúcar. A ideia era que os sapos comessem os besouros, protegendo assim as plantações.

 

Infelizmente, a introdução do sapo-cururu no ecossistema da Austrália resultou em um desequilíbrio ecológico significativo devido a vários fatores:

 

• O sapo-cururu tem poucos predadores naturais na Austrália por causa de sua pele tóxica, que pode matar ou adoecer gravemente os animais que tentarem comê-lo. Isso levou a uma diminuição na população de várias espécies de predadores nativos, incluindo o quoll-setentrional (espécie de marsupial), goannas (espécie de lagarto da Austrália) e várias espécies de crocodilos e cobras.

• Os sapos-cururus competem com espécies nativas por recursos alimentares.

• Os sapos-cururus transmitem doenças prejudiciais às espécies nativas.

• A combinação de predação, competição e disseminação de doenças resultou na perda de biodiversidade em algumas áreas da Austrália, ameaçando a saúde e o equilíbrio desses ecossistemas.

 

 

 


 

Artigo revisado por Marcia Rodrigues - Professora de Geografia - Graduada pela Universidade de Guarulhos (2005).




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Bibliografia e vídeos indicados:

 

TOKITAKA, Sônia. O Verde e a Vida: Compreendendo o Equilíbrio e Desequilíbrio Ecológico. São Paulo: Ática, 2020.

 

Fonte de referência do artigo:

 

- BARSANO, Paulo Roberto e BARBOSA, Rildo Pereira. Meio ambiente: Guia prático e didático. São Paulo: Editora Érica, 2013. 

 

Vídeo indicado no YouTube:


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