Calígula

Calígula foi um polêmico imperador romano.


Calígula: imperador romano
Calígula: imperador romano

 

Quem foi

 

Caio Júlio César Augusto Germânico, conhecido como Calígula, foi um imperador romano do ano 37 a 41. Calígula era da dinastia júlio-claudiana e passou para história como um dos mais cruéis, polêmicos e extravagantes imperadores romanos.

 

Biografia resumida:

 

Calígula nasceu na cidade de Anzio (região do Lácio, centro oeste da Itália) em 31 de agosto do ano 12. Era filho de Júlio César Germânico (general romano) com Agrippina Maior.

 

No campo militar, destacou-se nas campanhas da Britânia e Gália. Anexou a província da Mauritânia.

 

Administrativamente, Calígula foi responsável por um significativo desenvolvimento econômico de Roma, no início de seu governo (antes da doença mental). Porém, de acordo com Seutônio, Calígula desde jovem demonstrava personalidade cruel e era um amante da vida sem regras.

 

Adquiriu uma doença mental, provavelmente demência, que o fez perder o equilíbrio e a lucidez. Este problema interferiu em seu modo de governar. A partir de então, Roma passou por dificuldades, principalmente financeiras, em função dos gastos exagerados com reformas públicas e urbanísticas. Historiadores afirmam que estes gastos públicos irracionais chegaram a provocar a fome em grande parte dos habitantes de Roma.

Tornou-se um tirano e introduziu em Roma o culto divino ao imperador.

 

Durante seu governo teve vários atos cruéis como, por exemplo, mandar matar membros de sua própria família. Perseguiu também vários membros da aristocracia, com o objetivo de tomar seus bens.

 

Um dos fatos mais icônicos de seu reinado, foi sua ideia de colocar no Senado Romano, o seu cavalo favorito, Incitatus. Porém, muitos historiadores dizem que esta história é mais lendária do que verídica.

 

Alguns historiadores da época descrevem Calígula como uma pessoa totalmente desequilibrada no âmbito das relações pessoais. Vida sexual desregrada, conflitos familiares e atitudes provocativas fizeram parte da vida do polêmico imperador romano.

 

Calígula teve quatro esposas: Júnia Claudilla, Lívia Orestila, Lólia Paulina e Milônia Cesônia. Com esta última teve sua única filha: Júlia Drusila.

 

Calígula faleceu em 24 de janeiro de 41 (aos 28 anos), na cidade de Roma, vítima de assassinato (conspiração) por um membro da guarda pretoriana chamado Cassio Cherea.

 

Moeda com a face do imperador Caligula

Moeda com a face do imperador Calígula

 

 

Principais feitos de Calígula como imperador romano:

 

No início de seu reinado, Calígula implementou reformas financeiras. Ele é conhecido por ter chamado de volta exilados e libertado aqueles que haviam sido presos sob Tibério. Ele também restaurou a prática de eleições democráticas, que haviam sido amplamente suprimidas sob Tibério.


Calígula iniciou vários projetos de construção ambiciosos. Ele ordenou a construção de novos templos e a conclusão de obras iniciadas por Tibério, como o Templo de Augusto e o Teatro de Pompeu. Ele também começou a construção de um aqueduto em Roma (Aqua Claudia) e um novo porto em Rhegium e Antium para melhorar as comunicações com as províncias orientais.


Calígula era conhecido por organizar jogos públicos extravagantes, shows de gladiadores e eventos teatrais. Esses eventos provavelmente foram feitos para conquistar o favor do povo e eram famosos por seu esplendor.


Embora suas campanhas militares sejam frequentemente vistas como fracassos ou meras manobras de relações-públicas, Calígula fez tentativas de expandir o império. Notavelmente, sua campanha na Alemanha teve como objetivo garantir a fronteira norte, e seus planos de invadir a Bretanha, embora não realizados durante seu reinado, prepararam o terreno para futuras conquistas.


Calígula era um patrono das artes, apoiando atores, músicos e outros artistas. Esse patrocínio fazia parte de seus esforços mais amplos para se tornar querido pelo público romano e continuar o legado cultural de Augusto.


Ele fez algumas mudanças na administração do império, incluindo a reorganização dos escritórios financeiros e dando mais poder ao Senado em certas áreas, embora essas reformas tenham tido sucesso misto.

 

 



Atualizado em 22/12/2023

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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