O que foi
Levante da Marinha brasileira que, insatisfeita com a recém-proclamada República, exigia a renúncia do presidente Floriano Peixoto.
Contexto histórico
Os anos que se seguiram à derrubada da monarquia brasileira em 1889 testemunharam considerável agitação política. Em fevereiro de 1891, foi eleito o primeiro presidente da república, o marechal Deodoro da Fonseca. No entanto, depois de ordenar o fechamento do Congresso, ele foi forçado a renunciar quando o almirante Custódio de Melo ameaçou bombardear o Rio de Janeiro. O vice-presidente marechal Floriano Peixoto assumiu então a presidência.
Causas principais
Como a Constituição de 1891 estipulava que novas eleições deviam ser realizadas se o presidente renunciasse antes de completar dois anos no poder, o governo de Peixoto era considerado como ilegal. Suas tendências autoritárias e centralizadoras criaram, além disso, mais descontentamento. Consequentemente, em março de 1892, treze generais e almirantes assinaram um manifesto pedindo eleições presidenciais de acordo com a Constituição. Peixoto reagiu muito fortemente a isso, demitindo-os ou aprisionando-os.
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Revolta da Armada (1894): soldados da Guarda Nacional com um canhão. |
Como terminou
Em 6 de setembro de 1893 um grupo de oficiais voltou a se manifestar, e em 13 de setembro começaram os bombardeios aos fortes do litoral. Como não tivessem apoio popular, em maio de 1894 a revolta foi sufocada.
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Revolta da Armada: rendição dos insurgentes. |
Última revisão: 14/09/2020
Revisado por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
Fontes usadas como referência do texto:
- SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil – Colônia, Império e República. São Paulo: Moderna, 2000.
- BOULOS JR., Alfredo. História do Brasil – Império e República. São Paulo: FTD, 1995.