O que foi
Trata-se de uma longa série de guerras e batalhas entre os reinos cristãos e os mouros muçulmanos pelo controle da Península Ibérica. Teve início em 722 (data provável da Batalha de Covadonga) e se estendeu até 1492, com a reconquista de Granada pelos cristãos.
Invasão da Europa
Em 711, os mouros atravessaram o Mar Mediterrâneo a partir do norte da África e invadiram a Península Ibérica. Nos sete anos seguintes, eles avançaram para a Europa e controlaram a maioria da península.
Causas principais:
• Os reinos cristãos no norte buscavam recuperar territórios controlados pelos mouros muçulmanos no sul, movidos pelo desejo de espalhar o cristianismo e reduzir a influência islâmica.
• Monarcas cristãos visavam expandir seus territórios e consolidar poder, vendo a conquista de terras mouriscas como uma oportunidade para aumentar sua influência e controle.
• As terras ricas e férteis do sul, especialmente em regiões como a Andaluzia, eram altamente cobiçadas por seu potencial agrícola e econômico, tornando-as alvos atraentes para os governantes cristãos.
Processo de Reconquista
A Reconquista começou com Batalha de Cavadonga, quando o rei Pelayo, dos visigodos, derrotou o exército muçulmano. No entanto, os cristãos e os mouros lutariam constantemente durante os próximos setecentos anos.
A última parte da Reconquista foi considerada uma guerra santa semelhante à das Cruzadas, de modo que várias ordens militares da igreja, como a Ordem de Santiago e a dos Cavaleiros Templários, lutaram na Reconquista.
Retomada de Granada
Depois de anos de luta, o rei Fernando de Aragão e a rainha Isabel de Castela, na Espanha, se casaram em 1469. Eles então uniram suas forças e reconquistaram Granada em 1492, terminando assim a Reconquista.
Batalha de Marraquexe durante a Guerra de Reconquista |
Revisado por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
YASBEK, Mustafa. A Espanha Muçulmana. São Paulo: Ática, 1987.