Biografia de Adolf Hitler

Adolf Hitler foi o líder do Partido Nazista na Alemanha, responsável por iniciar a Segunda Guerra Mundial e orquestrar o Holocausto, que resultou no genocídio de milhões de judeus e outros grupos.


Adolf Hitler: responsável pela Segunda Guerra Mundial
Adolf Hitler: responsável pela Segunda Guerra Mundial

 

Quem foi

 

Adolf Hitler foi um político alemão e líder do Partido Nazista que ascendeu ao poder como Chanceler da Alemanha em 1933 e, posteriormente, como Führer em 1934. Ele é mais conhecido por iniciar a Segunda Guerra Mundial, ao invadir a Polônia em 1939, e por orquestrar o Holocausto, que resultou no genocídio sistemático de seis milhões de judeus e milhões de outras pessoas consideradas indesejáveis pelo regime nazista. As políticas expansionistas agressivas de Hitler e seu governo totalitário devastaram grande parte da Europa, causando imensa perda de vidas e destruição. Seu governo terminou com seu suicídio em 1945, quando as forças aliadas cercavam Berlim, marcando o colapso do regime nazista.

 

 

BIOGRAFIA RESUMIDA

 

 

1. Primeiros anos (1889-1913)


Adolf Hitler nasceu em 20 de abril de 1889 em Braunau am Inn, Áustria-Hungria, perto da fronteira com a Alemanha. Seu pai, Alois Hitler, era um funcionário alfandegário, e sua mãe, Klara Pölzl, era uma dona de casa dedicada. Hitler tinha uma relação difícil com seu pai autoritário, enquanto sua mãe o tratava com muito carinho. Ele demonstrou interesse precoce por arte, mas não era inclinado aos estudos. Após a morte de seu pai em 1903, Hitler deixou a escola sem concluir sua educação.


Em 1907, Hitler mudou-se para Viena com a intenção de se tornar pintor. No entanto, sua inscrição na Academia de Belas Artes foi rejeitada duas vezes, levando-o a um período de dificuldades. Ele viveu na pobreza, hospedando-se em abrigos para sem-teto e trabalhando em empregos precários. Durante seu tempo em Viena, Hitler desenvolveu suas visões antissemitas e nacionalistas, influenciado pelo ambiente político e social da cidade.



2. Participação na Primeira Guerra Mundial e despertar político (1914-1920)


Em 1914, Hitler se voluntariou para o exército alemão no início da Primeira Guerra Mundial. Ele serviu como mensageiro no front ocidental e foi ferido duas vezes. Hitler foi condecorado com a Cruz de Ferro por bravura, um reconhecimento que ele valorizava profundamente. A guerra teve um impacto profundo nele, moldando sua visão de mundo e reforçando sua crença na superioridade do povo alemão.


O fim da guerra em 1918 e o Tratado de Versalhes, que impôs penalidades severas à Alemanha, deixaram Hitler amargo e com forte sentimento de ter sido traído. Como muitos alemães, ele acreditava no mito da "punhalada pelas costas", que falsamente alegava que a Alemanha havia sido traída por inimigos internos, particularmente judeus e comunistas. Esse período marcou o despertar político de Hitler, e ele começou a se ver como o salvador da Alemanha.

 

Foto de Hitler com outros soldados alemães na Primeira Guerra Mundial

Foto de Hitler (sentado, a direita) com outros soldados alemães na Primeira Guerra Mundial (foto de 1915).




3. Ascensão do Partido Nazista (1920-1933)


Em 1919, Hitler se juntou ao Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP), um pequeno grupo nacionalista e antissemita. Ele rapidamente se tornou seu orador mais carismático e ascendeu ao destaque. Em 1920, o DAP foi renomeado para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), ou Partido Nazista. As habilidades oratórias de Hitler e seus esforços de propaganda ajudaram a aumentar a adesão ao partido.


Em 1923, Hitler tentou tomar o poder no "Putsch da Cervejaria", um golpe fracassado em Munique. Ele foi preso e sentenciado à prisão, onde escreveu "Mein Kampf" ("Minha Luta"), delineando sua ideologia e planos para a Alemanha. O livro se tornou um manifesto para o movimento nazista. Após sua libertação em 1924, Hitler reestruturou o Partido Nazista, focando em ganhar poder por meios legais.


A Grande Crise Econômica de 1929 proporcionou a Hitler uma oportunidade de explorar a dificuldade econômica, o desemprego e a instabilidade política na Alemanha. Prometendo restaurar a glória da Alemanha, ele ganhou o apoio de vários grupos sociais, incluindo a classe média e as elites empresariais. Em janeiro de 1933, Hitler foi nomeado Chanceler da Alemanha, marcando o início da ditadura nazista.

 

Hitler num carro aberto em desfile pelas ruas durante manifestação do partido Nazista

Hitler num carro aberto em desfile pelas ruas durante manifestação do partido Nazista (setembro de 1935)

 



4. Ditadura e Segunda Guerra Mundial (1933-1945)


Uma vez no poder, Hitler rapidamente se moveu para consolidar seu controle. O incêndio do Reichstag (Parlamento alemão), em fevereiro de 1933, permitiu que ele aprovasse o Decreto do Incêndio do Reichstag e a Lei de Concessão de Plenos Poderes, que lhe conferiu poderes ditatoriais. Hitler aboliu a oposição política, estabeleceu um regime totalitário e começou a implementar sua visão de uma Alemanha racialmente "pura".


As políticas antissemitas tornaram-se centrais para o regime de Hitler. As Leis de Nuremberg de 1935 retiraram os direitos dos judeus, e a perseguição patrocinada pelo Estado escalou para o pogrom (ataque violento e organizado contra um grupo específico de pessoas) da Noite dos Cristais em 1938.


As ambições expansionistas de Hitler levaram à anexação da Áustria e dos Sudetos em 1938, seguida pela invasão da Polônia, em 1º de setembro de 1939, o que desencadeou a Segunda Guerra Mundial.


As campanhas militares de Hitler inicialmente tiveram grande sucesso, com a Alemanha conquistando grande parte da Europa até 1941. No entanto, sua decisão de invadir a União Soviética, em 1941, e a declaração de guerra aos Estados Unidos levaram a um ponto de virada na guerra. À medida que a guerra progredia, o regime nazista intensificou suas políticas genocidas, culminando no Holocausto, que resultou no assassinato sistemático de seis milhões de judeus e milhões de outros milhares de "indesejáveis do regime" (ciganos, comunistas, deficientes físicos, testemunhas de jeovás e homossexuais).


Em 1944, a sorte da Alemanha na guerra havia declinado drasticamente, com as forças Aliadas se aproximando de Berlim. Hitler tornou-se cada vez mais isolado e paranoico, recusando-se a se render mesmo quando a derrota se tornou inevitável. Em 30 de abril de 1945, com as tropas soviéticas em Berlim, Hitler cometeu suicídio em seu bunker.

 

Hitler em Paris após a tomada da cidade.

Hitler em Paris, após a tomada da capital francesa pelos alemães em junho de 1940.

 



5. Legado negativo


O legado de Adolf Hitler é de destruição e horror incomparáveis. Suas políticas agressivas e ideologia levaram à devastação da Segunda Guerra Mundial, que resultou na morte de mais de 60 milhões de pessoas, incluindo o genocídio de seis milhões de judeus no Holocausto. A ditadura de Hitler deixou um impacto duradouro no mundo, moldando as relações internacionais pós-guerra, levando à criação das Nações Unidas e servindo como um aviso contundente sobre os perigos do totalitarismo e do poder desenfreado.


A vida e as ações de Hitler continuam a ser estudadas como um capítulo crucial, embora sombrio, na história da humanidade, oferecendo lições sobre os perigos do extremismo, a importância da democracia e a necessidade de vigilância contra o ódio e a intolerância.

 

 

Capa de um jornal dos EUA anunciando a morte de Hitler

Capa de um jornal dos EUA anunciando a morte de Hitler (2 de maio de 1945)

 

 


 


Por Jefferson Evandro Machado Ramos (graduado em História pela FFLCH-USP)

Artigo publicado em 26/08/2024




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Bibliografia Indicada

 

KERSHAW, Ian. Hitler: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

 

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