Man Ray

Man Ray foi um artista plástico dadaísta e surrealista estadunidense do século 20.


Man Ray: um dos mais criativos e inovadores artistas do expressionismo
Man Ray: um dos mais criativos e inovadores artistas do expressionismo

 

Quem foi

 

Man Ray foi um fotógrafo, diretor de cinema, escultor e pintor norte-americano do século XX. É considerado um importante representante do surrealismo e do dadaísmo nos Estados Unidos.

 

Man Ray nasceu na cidade de Filadélfia (EUA) em 27 de agosto de 1890. Faleceu em Paris (França), aos 86 anos, em 18 de novembro de 1976.



Principais movimentos artísticos:

 

- Expressionismo


- Dadaísmo



Principais características do estilo artístico:

 

Na primeira fase de sua carreira artística, fez pinturas cubistas, seguindo a influência estética de Picasso.

 

Suas obras, principalmente ligadas à fotografia, juntam de forma criativa várias técnicas artísticas. Nesse sentido, trabalhou com pinturas, esculturas e fotografia.

 

Trabalho artístico caracterizado por grande complexidade e inovação (principalmente com uso de técnicas diferentes).

 

Fez fotografias de vanguarda de artistas e sobre moda, principalmente da cena cultural parisiense dos anos 1920.

 

Destacou-se também por suas expressivas colagens.

 

Em muitas de suas obras utilizou títulos enigmáticos. Desta forma, trabalhou com a relação entre imagens e palavras.

 

Uma de suas características principais era retratar modelos femininos, através de colagens, inovadoras e criativas, em cenas inusitadas.

 

Pintura de uma mesa de bilhar inclinada e ao fundo nuvens coloridas

A Fortuna (1938)

 


Principais obras:

 

- A colina (1913)

- Partida do verão (1914)

- O Presente (1921)

- Retornar para a razão (1921)

- Violino de Ingre (1924)

- Preto e branco (1926)

- Esperanças e ilusões óticas (1928)

- Lágrimas de vidro (1932)

- Peixes (1938)

- A Fortuna (1938)

- Electro-magie (1972)

 

O presente, obra de Man Ray

O presente (1921): obra de Man Ray.

 

 

Características do dadaísmo presentes nas obras de Man Ray:

 

Uso de Ready-mades: a adoção de ready-mades por Man Ray, objetos manufaturados comercialmente designados como obras de arte, é uma marca do Dadaísmo. Essa abordagem desafia as noções tradicionais de arte e sua criação, exemplificada por obras como "O Presente" (1921), um ferro de passar com tachas coladas em seu fundo.


Rejeição das formas de arte convencionais: o desprezo do Dadaísmo pelas artes convencionais e suas instituições ressoa na abordagem experimental de Man Ray. Seu início de carreira em Nova York o viu se afastando da pintura tradicional em direção à criação de objetos e ao desenvolvimento de técnicas fotográficas únicas, alinhando-se ao espírito iconoclasta do Dadaísmo.


Colaboração e inovação: as colaborações de Man Ray com outros artistas Dada, notavelmente Marcel Duchamp, e sua invenção coletiva de novas formas e técnicas artísticas, sublinham a ênfase do Dada na inovação e no desprezo pelo status quo.

 

 

Características do surrealismo presentes nas obras de Man Ray:

 

Exploração do inconsciente e dos sonhos: a fascinação do Surrealismo por sonhos e pelo inconsciente encontra expressão na fotografia de Man Ray, particularmente em suas solarizações e raio-grafias. Essas técnicas criam imagens etéreas, semelhantes a sonhos, que desfocam a linha entre realidade e fantasia, incorporando a busca do Surrealismo para fundir o real com o imaginário.


Uso de simbolismo e metáfora: as obras de Man Ray estão repletas de elementos simbólicos e metafóricos, uma característica chave da arte Surrealista. Por exemplo, "Le Violon d’Ingres" (1924) transforma o corpo feminino em um violino por meio de manipulação fotográfica, brincando com temas Surrealistas de transformação e objetificação do familiar.


Exposições e colaborações surrealistas: a participação ativa de Man Ray em exposições Surrealistas e suas colaborações com figuras-chave do movimento, como André Breton, consolidam ainda mais seu lugar dentro do Surrealismo. Suas obras não foram apenas influenciadas por ideias Surrealistas, mas também contribuíram para a popularidade e desenvolvimento do movimento.

 

 



Você sabia?

 

Entre 1921 e 1940, Man Ray viveu em Paris. Entre 1940 e 1951, viveu exilado nos Estados Unidos.

 

 



Publicado em 30/03/2020 e atualizado em 27/03/2024

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia Indicada


Um capítulo da história da modernidade estética: Debate Sobre o Expressionismo

Autor: Machado, Carlos Eduardo Jordão

Editora: Unesp


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