Musas da Mitologia Grega

Calíope: a musa da poesia épica

O que eram

Na mitologia grega, as musas eram nove divindades relacionadas à arte e às ciências. Eram filhas de Zeus com a titânide Mnemosine, que personificava a memória. Elas presidiam as artes liberais e dominavam a ciência universal.

As histórias que conhecemos sobre a mitologia das musas têm origem nos poemas do poeta grego Hesíodo.

As nove musas da mitologia grega e suas principais características:

1. Calíope: musa da poesia épica. De acordo com os mitos gregos antigos, ela possuía uma linda voz. Representava a eloquência e a música narrativa. Era representada com uma lira (instrumento musical) e uma coroa de louro.

2. Clio: musa da História. Era representada com um livro aberto e uma trombeta. Sua função era preservar na memória dos grandes triunfos (vitórias em guerras) e os atos generosos.

3. Erato: musa da poesia romântica (lírica-amorosa). Era representada com uma cítara (instrumento musical de cordas) e com coroas de rosas. Era amante do deus Apolo (deus do Sol, das artes, dos oráculos e da música).

4. Euterpe: musa da música. Representada com uma coroa de flores e possuidora da capacidade de tocar flauta.

5. Melpômene: musa da Tragédia (estilo teatral). Ela é representada com uma máscara trágica, guirlanda e clava (arma feita de madeira em formato de bastão).

6. Polímnia: musa dos hinos e das canções sagradas. Era representada com vestimenta branca.

7. Terpsícore: musa das danças. Representada com guirlandas e com uma lira (instrumento musical de cordas dedilháveis).

8. Tália: musa da comédia (gênero teatral). Representada com uma máscara de comédia e um bastão na mão ou com uma coroa de hera (planta trepadeira).

9. Urânia: musa da Astronomia e das ciências exatas. Também era amante de Apolo. Aparece representada com um globo celestial na mão e um compasso (instrumento para medir circunferências).

As musas Clio, Euterpe e Tália (1640–1645): obra de Eustache Le Sueur.

Funções das musas na mitologia grega

Suas funções na mitologia grega não eram meramente simbólicas. Elas eram invocadas por poetas, músicos e outros artistas para ajudar em seus empreendimentos criativos, proporcionando uma conexão divina com o sublime e aprimorando a criatividade humana, um legado que ressoou na literatura e nas artes ocidentais até hoje.

Artigo publicado em 27/04/2020

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).