Introdução e contexto histórico
A crise econômica mundial, gerada pela quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, fortaleceu e possibilitou a subida ao poder de governos ditatoriais e fascistas em vários países. Com propostas populistas, defendiam a ideia de que somente um governo forte e centralizador poderia tirar a nação da grave crise (desemprego, inflação alta e carestia) que enfrentavam. Foi assim na Alemanha de Hitler, na Itália de Mussolini e na Espanha de Franco.
Portugal entrou num caminho muito parecido, quando António de Oliveira Salazar assumiu o poder, em 1932, como chefe de governo (Primeiro Ministro), implantando a ditadura salazarista. Seu governo durou até o ano de 1968.
As principais características do governo Salazar foram:
- Adoção de programas econômicos, que foram bem-sucedidos, visando à estabilização financeira do país, geração de empregos e crescimento da economia.
- Adoção de medidas econômicas nacionalistas.
- Governo de caráter fascista, através da consolidação do Estado Novo.
- Implantação de um forte sistema de censura, que atingiu várias áreas da sociedade (cultura, religião, comportamento, imprensa, política e etc.).
- Adoção de medidas antidemocráticas.
- Criação de instituições autoritárias, visando o cerceamento das liberdades democráticas.
- Perseguição política aos opositores.
- Controle dos meios de comunicação.
Fim do governo Salazar e da ditadura em Portugal
O governo de Salazar durou até o ano de 1968. Com problemas de saúde, passou o poder para outro ditador, Marcelo Caetano, que deu continuidade a ditadura salazarista até 1974. Neste ano, um movimento democrático e popular em Portugal, a Revolução dos Cravos, colocou fim a 42 anos de ditadura no país, colocando Portugal novamente na direção da democracia.
Portugueses nas ruas, da cidade do Porto em 1983, na comemoração da Revolução dos Cravos. |
Capa do livro sobre Salazar |
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
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