Quem foi
Francisco Gómez de Quevedo y Santibáñez Villegas (nome completo de Francisco de Quevedo) foi um importante escritor, dramaturgo e poeta espanhol do século XVII (Século de Ouro na Espanha).
Sua produção literária foi tão importante, que deu origem a um estilo literário conhecido como Quevedismo ou Conceptismo (segunda metade do século XVII).
Biografia resumida:
- Francisco Quevedo nasceu na cidade de Madri (Espanha), em 14 de setembro de 1580.
- Quevedo passou parte da infância na corte espanhola, pois seus pais eram funcionários do rei.
- Seus pais morreram quando Quevedo ainda era adolescente. Passou, desde então, a se dedicar a leitura e aos estudos.
- Em 1596, foi estudar na Universidade de Alcalá de Henares, próxima a Madri. Teve uma formação bem ampla. Estudou filosofia, línguas clássicas e teologia.
- No reinado de Felipe IV, Quevedo voltou a viver na corte espanhola. Nesse período, teve uma vida errante. Fumava muito, bebia e frequentava bordéis constantemente.
- Em 1632, foi nomeado secretário particular do rei Felipe IV.
- Faleceu na cidade de Villanueva de los Infantes (Espanha), aos 64 anos, em 8 de setembro de 1645.
Principais características do estilo literário:
- Uma das principais características de sua obra é a ênfase na sátira, marcada pela forte sagacidade.
- Escreveu também, no estilo erudito, poemas de amor, novelas e tratados teológicos e filosóficos.
- Em muitas de suas sátiras fez deboches e paródias com aspectos físicos das pessoas mais conhecidas da região em que morava.
- Presença, em suas obras, de muito jogos de ideias e conceitos.
- Textos marcados pela agudeza do pensamento e do logicismo.
Principais obras de Francismo de Quevedo:
- Inferno (1608)
- O mundo por dentro (1612)
- O sonho da morte (1621)
- Sonhos e discursos (1627) - prosa
- O gatuno (1626) - prosa
- A providência de Deus (1612) – obra teológica
- A política de Deus (1617-1626) – obra política
- A vida de Marcus Brutus (1632-1644) – obra política
- Vida de São Pedro (1641) – obra ascética
- O Parnaso Espanhol (1648) - poesia
- As três últimas musas castelhanas (1670) - poesia
- As quatro pragas do mundo e os quatro fantasmas da vida (1651) – obra filosófica
Frases de destaque:
- “Morte, desperdiças teu tempo sobre minha ferida, pois aquele que nunca viveu não morrerá.”
- “Quem julga pelo que ouve e não pelo que entende, é orelha e não juiz.”
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Estátua de Francisco de Quevedo em Madri. |
Publicado em 08/06/2020 e atualizado em 17/06/2022
Por Elaine Barbosa de Souza
Graduada em Letras (Português e Inglês) pela FMU (2002).
Leituras de Literatura Espanhola - da Idade Média ao Século XVII
Autor: Mario M. González
Editora: Fapesp Letraviva