Rousseau: biografia resumida e ideias

Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo e escritor suíço do Iluminismo, conhecido por suas ideias sobre a natureza humana e o contrato social, que influenciaram a Revolução Francesa e o pensamento político moderno.


Rousseau: um dos grandes filósofos do Iluminismo
Rousseau: um dos grandes filósofos do Iluminismo

 

Quem foi

 

Jean-Jacques Rousseau foi um importante filósofo, teórico político e escritor suíço. É considerado um dos principais filósofos do Iluminismo, sendo que suas ideias influenciaram a Revolução Francesa (1789) e outros movimentos pela liberdade e independência em outros países, que ainda seguiam o Antigo Regime.

 

Rousseau foi também um dos precursores do Romantismo.

 

Escreveu, além de estudos políticos, romances e ensaios sobre educação, religião, música, ética, autobiografia e literatura.



Biografia resumida de Rousseau

 

Rousseau nasceu em 28 de junho de 1712, na cidade de Genebra (Suíça).

 

Ele não conheceu a mãe, pois ela morreu no momento do parto. Foi criado pelo pai, um relojoeiro, até os 10 anos.

 

Em 1722, outra tragédia familiar acontece na vida de Rousseau, a morte do pai. Na adolescência foi estudar numa rígida escola religiosa. Nesta época estudou muito e desenvolveu grande interesse pela leitura e música.

 

No final da adolescência foi morar em Paris e, na fase adulta, começou a ter contatos com a elite intelectual da cidade. Foi convidado por Diderot para escrever alguns verbetes para a Enciclopédia.

 

 No ano de 1762, Rousseau começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram consideradas uma afronta aos costumes morais e religiosos.

 

Refugiou-se na cidade suíça de Neuchâtel.

 

 Em 1765, foi morar na Inglaterra a convide do filósofo David Hume.

 

Faleceu em 2 de julho de 1778, aos 66 anos, na cidade de Ermenoville (França).

 

 

Retrato pintado de Rousseau
Rousseau (retrato pintado por Allan Ramsay, 1776).



 

A filosofia de Rousseau: principais ideias

 

Sua obra principal é Do Contrato Social, publicada em 1762. Nesta obra, defende a ideia de que o ser humano nasce bom, porém a sociedade o conduz a degeneração. Afirma também que a sociedade funciona como um pacto social, onde os indivíduos, organizados em sociedade, concedem alguns direitos ao Estado em troca de proteção e organização. A filosofia política, que surgiu a partir dessa obra e dessas ideias, é conhecida como Contratualismo.

 

Sua obra se caracterizou também pelas observações críticas sobre a natureza do ser humano e a sociedade.

 

Defendeu a aproximação entre justiça e liberdade.

 

Era amplamente favorável, na sociedade, à soberania da vontade coletiva.

 

Defendeu a democracia como o sistema mais justo de governo, pois ela representa a possibilidade de se atingir os anseios e necessidades do povo.

 

Defendeu a liberdade como sendo um direito individual. Para ele, o governo tem por obrigação defender este direito.

 

Rousseau acreditava que a introdução da propriedade privada foi um momento crucial no declínio da humanidade, levando à desigualdade, conflito e corrupção.

 

Introduziu o conceito de "vontade geral", um desejo coletivo de promover o bem comum, que às vezes pode contradizer os desejos individuais.

 

Ele defendia um modo de vida mais simples e mais próximo da natureza, como meio de combater as influências corruptoras da civilização.

 

Acreditava que a educação era muito importante para a formação do caráter das pessoas e de uma sociedade melhor.

 

Em sua obra "Emílio", Rousseau enfatizou a importância de uma educação que fomente, em vez de restringir, os instintos e talentos naturais das crianças.

 

 

Obras principais:

 

- Discurso Sobre as Ciências e as Artes (1750) - ensaios


- Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens (1755) - ensaio

 

- Júlia ou a Nova Heloísa (1761) - romance epistolar


- Do Contrato Social (1762) - obra sobre política.


- Emílio, ou da Educação (1762) - obra sobre educação

 

- Rousseau, juiz de Jean-Jacques (1776) - diálogos


- Os Devaneios de um Caminhante Solitário (1782) - autobiografia

 

- Confissões - Parte I (1782) - autobiografia

 

- Confissões - Parte II (1789) - autobiografia



Exemplos de frases:

 

- "O mais forte não é suficientemente forte se não conseguir transformar a sua força em direito e a obediência em dever".

 

- "Vosso filho nada deve obter porque pede, mas porque precisa, nem fazer nada por obediência, mas por necessidade".

 

- "A razão forma o ser humano, o sentimento o conduz".

 

- "O homem de bem é um atleta a quem dá prazer lutar nu".

 

- "O maior passo em direção ao bem é não fazer o mal".

 

- "Bastará nunca sermos injustos para estarmos sempre inocentes"?

 

- "A paciência é muito amarga, mas seus frutos são doces".

 

- "As boas ações elevam o espírito e predispõem-no a praticar outras".

 

- "Quem enrubesce já é culpado; a verdadeira inocência não tem vergonha de nada".

 

- "O ser humano verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada".

 

- "Geralmente, as pessoas que sabem pouco falam muito e as que sabem muito falam pouco".

 

- "Para conhecer os homens é preciso vê-los atuar".

Estátua de Rousseau em Genebra
Estátua em homenagem a Rousseau em Genebra (Suíça).

 

 



Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia Indicada

 

- STAROBINSKI, Jean. Jean-Jacques Rousseau. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.



Fontes de referência do texto:

 

- COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna,. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Editora Saraiva, 2017.

- CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2017. 

 

 

Vídeo indicado no YouTube:

- JEAN JACQUES ROUSSEAU E SUAS CRÍTICAS FILOSÓFICAS (Canal Parabólica)

 


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