Império Napoleônico

O Império Napoleônico, também conhecido como Primeiro Império Francês, foi formado pelas conquistas de Napoleão no começo do século XIX.


Batalha de Waterloo em 1815: fim do império napoleônico
Batalha de Waterloo em 1815: fim do império napoleônico

 

O que foi

 

O Império Napoleônico foi um período da história da França que teve início em dezembro de 1804 com a proclamação de Napoleão Bonaparte como imperador dos franceses. Este período durou até 18 de junho de 1815, após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo.

 

Na França, esse período histórico é conhecido como Primeiro Império.


Características principais deste período:

 

• Desenvolvimento de uma política expansionista, baseada em conquistas territoriais.

 

• As conquistas territoriais foram obtidas, principalmente, através de guerras (Guerras Napoleônicas).

 

• Forte concentração de poder político nas mãos de Napoleão I, imperador da França.

 

• Apoio político da burguesia francesa ao regime imperial napoleônico.

 

• Período marcado pela introdução de novas estratégias militares, incluindo movimento rápido do exército e ataques rápidos.

 

• Divulgação dos princípios liberais franceses aos países conquistados, combatendo assim as estruturas políticas aristocráticas.

 

Pintura colorida mostrando um homem sendo coroado num local com muitas pessoas.

Coroação de Napoleão em 1804: início do período imperial na França.



Bloqueio Continental


O Bloqueio Continental foi uma medida comercial restritiva, imposta pelo imperador da França Napoleão Bonaparte, em novembro de 1806. Este bloqueio tinha a intenção de bloquear o acesso aos portos do Reino Unido, Grã-Bretanha e Irlanda.


O objetivo desse bloqueio era afetar principalmente a Inglaterra e. devido à derrota em Trafalgar, Napoleão não podia invadir mais os territórios britânicos e arrumou uma forma de se vingar criando o Bloqueio Continental.

 

Os navios que atracassem em um porto que estava sob confisco do bloqueio, era inspecionado e sujeito a captura da carga pelos franceses. Depois de alguns anos, os navios da Inglaterra, que estavam em alto mar, passaram a ser considerados neutros e “disponíveis” para serem saqueados.



O bloqueio continental não teve tanta adesão como pretendia Napoleão, tendo funcionado mais à base de subornos. O Acordo de Tilsit (1807), com o governante da Rússia, garantiu a França o bloqueio somente ao extremo leste da Europa e, para ter mais eficácia, era necessário que Portugal e Espanha aderissem aos fechamentos também, pelo que assim também teria o lado Oeste do continente.



O posicionamento de Portugal foi sempre neutro, entretanto o país já tinha uma aliança muito antiga com a Inglaterra. Como não havia capacidade de Portugal enfrentar a França, o príncipe regente D. João VI não fez questão de concordar com o bloqueio, aceitando a ajuda da Inglaterra e foi com a corte para o Brasil, transformando-o na sede de seu reino.



Ocorreram muitas fraudes no bloqueio continental. As nações que tinham mais afinidades com Napoleão foram enfraquecendo sua confiança e admiração. Essa falta de consideração e perda de legitimidade de Napoleão ocasionaram muitas repressões na população e consequentemente gastos e danos à economia da França que a enfraqueceram ainda mais.

 

Pintura mostrando o embarque da família real portuguesa para o Brasil

Embarque da família real portuguesa para o Brasil no final de 1807: evento está relacionado com o Bloqueio Continental Napoleônico. Portugal era aliado da Inglaterra, não obedeceu ao bloqueio e a família real veio para o Brasil, antes da chegada das tropas francesas.

 

 

O posicionamento da Espanha e de Portugal foram essenciais e impactantes para o enfraquecimento do Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte. Posteriormente, em 1812, a Rússia também colocou o bloqueio de lado, dando um fim a esse processo.

 

Napoleão Bonaparte em seu cavalo

Napoleão Bonaparte: bloqueio continental foi uma forma de enfraquecer comercialmente o Reino Unido.

 


O Império Napoleônico (conquistas napoleônicas e aliados):

 

- Países e regiões conquistadas: Espanha, Reino da Itália, Reino de Nápoles, Grão Ducado de Varsóvia, Córsega, Baviera, Confederação do Reno e Vestefália.

 

- Estados independentes aliados: Reino de Portugal, Império Otomano, Sardenha e Sicília.



Inimigos do Império Napoleônico na Europa:

 

- Grã-Bretanha

- Rússia

- Reino da Suécia

- Império Austríaco



Fim do império


Em 1811, logo após a Rússia desrespeitar o bloqueio continental e abrir os portos aos produtos ingleses, Napoleão resolveu invadir e conquistar o imenso território russo. O inverno rigoroso, a tática da “terra arrasada” (visa destruir tudo que está no caminho do inimigo) e a forte resistência das tropas russas impuseram uma imensa derrota aos franceses.

 

Enfraquecido, Napoleão sofreu na sequência várias derrotas na Europa. Em junho de 1815, foi derrotado na Batalha de Waterloo, golpe final que significou o fim do Império Napoleônico.

 

Mapa do Império Napoleônico

Mapa do Império Napoleônico (1812): em verde-escuro a França e seus territórios e na cor verde clara os estados dominados e controlados por Napoleão.

 


Texto Complementar: A Batalha de Waterloo

 

A Batalha de Waterloo foi um confronto militar ocorrido em Waterloo (próximo a Bruxelas, Bélgica) no dia 18 de junho de 1815. Esta batalha ocorreu no contexto das Guerras Napoleônicas e envolveu de um lado o Primeiro Império Francês (comandado por Napoleão Bonaparte) e de outro a Sétima Coligação (Reino Unido, Holanda, Reino de Hanover e Prússia).

 

A derrota de Napoleão nesta batalha significou o fim do seu poder na França, assim como de suas pretensões em formar um império.

 

Informações e dados históricos da batalha:

 

- Principais comandantes: Napoleão Bonaparte e Michel Ney (Primeiro Império Francês) e Duque de Wellington (Reino Unido) e Gebhard von Blücher (Reino da Prússia).

 

- Forças envolvidas: Primeiro Império Francês (cerca de 73 mil homens); Sétima Coligação (cerca de 118 mil homens).

 

- Baixas: Primeiro Império Francês (cerca de 24 mil mortos ou feridos, 8 mil capturados e 15 mil desaparecidos); Sétima Coligação (cerca de 19 mil mortos ou feridos e 5 mil desaparecidos).

 

- Além de mais soldados, a Sétima Coligação contou com maior número de armamentos como, por exemplo, canhões de guerra.

 

Como terminou, quem venceu e principais consequências:

 

- Vitória da Sétima Coligação.

 

- Fim do governo de Cem dias do imperador francês Napoleão Bonaparte.

 

- Exílio de Napoleão na ilha de Santa Helena (Atlântico Sul) até sua morte em 1821.

 

- Uma das principais consequências foi o fortalecimento político do Reino Unido na Europa, após a derrota definitiva sobre a França, que se estendeu durante o século XIX.

 

Arthur Wellesley sobre o cavalo comandando os ingleses em Waterloo

General Arthur Wellesley, sobre o cavalo, comandando os ingleses em Waterloo.

 

 



Última atualização em 23/02/2024


Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




Você também pode gostar de:


Temas Relacionados
Bibliografia Indicada

 

Napoleão - uma vida

Autor: Cronin, Vincent

Editora: Amarilys

 

Fonte de pesquisa:

 

- ARRUDA, José Jobson de Andrade; PILETTI, Nelson. Toda a História. História Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2007.

- MORAES, Luís Edmundo. História Contemporânea – Da Revolução Francesa à Segunda Guerra Mundial: São Paulo: Contexto, 2017.


Os textos deste site não podem ser reproduzidos sem autorização de seu autor.
Só é permitida a reprodução para fins de trabalhos escolares.



Copyright © 2004 - 2024 SuaPesquisa.com
Todos os direitos reservados.