Auguste Rodin

Auguste Rodin foi um escultor simbolista e expressionista francês do século XIX.


Rodin: importante escultor francês
Rodin: importante escultor francês

 

Quem foi 



René-François-Auguste Rodin foi um importante escultor francês do impressionismo e simbolismo.

 

Biografia resumida

 

Nasceu em Paris em 12 de novembro de 1840.


Desde criança demonstrou grande interesse por esculturas.

 

Aos 13 anos de idade, entrou para uma academia de arte para aprender os princípios básicos das artes plásticas.

 

Interessou-se e estudou também, por conta própria, anatomia humana para utilizar os conhecimentos na elaboração de suas esculturas.

 

Aos 18 anos, começou a trabalhar como modelador e ornamentista numa fábrica de objetos de cerâmica.

 

Especializou-se na elaboração de esculturas em bronze.

 

Em 1864, ingressou na Escola de Belas Artes de Paris.

 

Em 1864, teve sua primeira obra “O homem de nariz quebrado” rejeitada pelo Salão de Paris. Os especialistas em arte do salão justificaram a rejeição afirmando que se tratava de uma obra inacabada.



Em 1875, viajou para a Itália e teve contato direto com as obras, principalmente esculturas, dos artistas renascentistas Michelangelo e Donattello. 



Em 1876 terminou sua polêmica obra “A Idade do Bronze”. A obra causou polêmica, pois sua perfeição gerou comentários e críticas no meio artístico. Muitos afirmaram que Rodin teria usado um modelo vivo como molde.



Em 1878, obteve seu tão merecido reconhecimento artístico com a obra “São João Batista pregando”.



Este sucesso rendeu-lhe um importante trabalho: a encomenda para a criação de uma grande porta de bronze para o Museu de Artes decorativas de Paris. Conhecida como a “Porta do Inferno”, esta obra teve como tema passagens da obra “Divina Comédia” de Dante Alighieri. Porém, ao viajar para Londres em 1881, mudou o foco da obra, voltando-se para a temática das paixões humanas e a morte. Infelizmente, após trabalhar vários anos nesta obra, Rodin morreu deixando-a inacabada.



Nas décadas de 1880, Rodin criou outras quatro grandes esculturas: “O pensador” (1880), ”O beijo” (1889), “Os burgueses de Calais” (1889) e “O filho pródigo” (1889).

 

Em 1888, foi para a a Inglaterra, onde expôs algumas de suas esculturas na Royal Academy.

 

A década seguinte também foi muito criativa e produtiva. Nela, Rodin criou as seguintes obras: "Figura de Voo" (1891), "A mulher agachada" (1891), "Balzac nu com os braços cruzados" (1892), "O anjo caído" (1895) e "Madame Fenaille" (1898).

 

Sua mais importante obra, na fase final de sua carreira artística, foi "Torso de uma mulher" de 1914.

 

Rodin é considerado pelos especialistas em artes plásticas um dos mais importantes escultores em bronze de todos os tempos. Grande parte de suas obras estão expostas no Museu Rodin em Paris.

Escultura o Pensador de Rodin

O Pensador - uma das obras mais conhecidas de Auguste Rodin

 

 

Principais características das obras e estilo artístico de Auguste Rodin:

 

Realismo expressivo: as esculturas de Rodin são renomadas por seu detalhamento realista e profundidade emocional. Ao contrário das formas idealizadas das tradições anteriores, suas figuras frequentemente exibem emoções intensas e complexas, capturando a experiência humana de maneira crua e sem filtros.


Superfícies texturizadas: ele deixava, frequentemente, as superfícies de suas esculturas ásperas e inacabadas, uma técnica que criava um jogo de luz e sombra e adicionava intensidade emocional ao seu trabalho. Esse elemento textural se tornou um aspecto característico de seu estilo.


Fragmentação: foi inovador em sua abordagem de fragmentar o corpo humano. Muitas vezes ele esculpia partes do corpo (como mãos ou torsos) de forma isolada, conferindo-lhes uma expressividade poderosa e destacando seu valor estético e emocional individual.


Composição assimétrica e não convencional: as esculturas de Rodin carecem frequentemente de um senso claro de simetria ou composição convencional. Isso confere a seus trabalhos uma sensação dinâmica e espontânea, como se capturassem um momento no tempo.


Movimento e fluidez: apesar de serem feitas de materiais rígidos como bronze e mármore, as esculturas de Rodin transmitem uma notável sensação de movimento e vida. Ele era habilidoso em retratar o corpo humano em movimento, conferindo a suas figuras uma presença realista e muitas vezes dramática.


Individualismo e profundidade psicológica: cada escultura de Rodin é única, refletindo seu foco no caráter individual e na profundidade psicológica. Ele explorou as vidas interiores de seus assuntos, o que foi uma ruptura com a ênfase tradicional na beleza externa e nas formas idealizadas na escultura.

 


Curiosidade:

 

- A obra de Rodin que alcançou maior valor de venda em um leilão foi "A eterna Primavera" (esculpida entre 1901 e 1902). A escultura em mármore foi vendida em maio de 2016 por US$ 20,41 milhões.

 

Os burgueses de Calais, obra de Auguste Rodin

Os burgueses de Calais (1884-1886): obra de Auguste Rodin.

 

 

OBRA DE DESTAQUE:

 

 

O Pensador de Auguste Rodin

O Pensador, Auguste Rodin


Nome original: "Le Penseur" (em francês)

 

Ano de produção: 1880 (original em gesso). A primeira escultura feita em bronze é de 1902.

 

Técnica utilizada e tipo: escultura em bronze.

 

Dimensões: 70 cm de altura (original em gesso de 1880). A primeira escultura de bronze, de 1903, tinha 189 cm de altura, 68 cm de largura e 140 cm de profundidade.

 

Período ou movimento artístico que pertence: Arte Moderna

 

Principal tema abordado: homem pensativo (meditando), aparentando ter um grande dilema para ser enfrentado.

 

Localização: a obra faz parte do acervo do Museu Rodin, em Paris (França).



Curiosidade:

 

- O primeiro nome desta obra foi “O Poeta” e representava Dante Alighieri.

 

 



Última atualização: 08/04/2024

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).




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Bibliografia Indicada

 

- BOIME, Albert. A história social da arte moderna. Tradução de Álvaro Cabral. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.


- SANTOS, Reynaldo dos. Rodin. São Paulo: Folha de S.Paulo, 2005.


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